Condicionamento operante em cães

O condicionamento operante em cães é um tipo de aprendizagem que tem a ver com o desenvolvimento de novos comportamentos, e não com a associação entre estímulos e comportamentos reflexos como ocorre no condicionamento clássico.

Os princípios do condicionamento operante foram desenvolvidos por B. F. Skinner, que foi influenciado pelas investigações de Pavlov, Edward L. Thorndike e pela teoria da seleção natural por Charles Darwin.

Neste artigo do Better-Pets.net explicaremos como colocá-lo em prática e apresentaremos exemplos para que você entenda do que se trata. Continue lendo:

Aprendizagem por condicionamento operante

No condicionamento operante, agimos na comportamentos que o cão realiza espontaneamente e as consequências de suas ações determinam o aprendizado. Assim, consequências agradáveis ​​tendem a fortalecer um comportamento. Em vez disso, consequências desagradáveis ​​tendem a enfraquecê-lo.

Pelo mesmo processo de aprendizagem, embora com consequências opostas, algumas crianças aprendem a não tocar no fogão quando está quente. Quando tocam no fogão, queimam as mãos. Assim, o comportamento de tocar no fogão quando ele está aceso desaparece porque tem consequências desagradáveis.

Existem 5 pontos a ter em mente para aplicar o condicionamento operante:

1. Reforço

O primeiro ponto do condicionamento operante é recompensar o cão com algo agradável para ele (comida, brinquedos ou palavras afetuosas) pelo comportamento desejável. Isso é conhecido como reforço positivo em cães e é uma ótima maneira de o animal entender o que você espera dele.

  • Exemplo de reforço positivo: Quando você diz a seu cachorro para sentar, ele o faz. Nesse momento, nós o parabenizamos e o recompensamos com uma guloseima.

Estamos indicando ao cão que essa atitude nos agrada e a recompensa é um reforçador do comportamento que o incentivará a repetir esse comportamento. No entanto, também há reforço negativo:

  • Exemplo de reforço negativo: O cão tem medo de outros cães, por isso late para eles. Quando eles se afastam, o cachorro para de ter medo. Então aprenda que latir pode manter outros cães afastados.

2. O "Castigo"

Em nenhum caso estamos falando sobre bater ou lutar nosso CAO. A punição pode consistir em encerrar um jogo ou retirar um brinquedo. O objetivo é diminuir a frequência de um comportamento.

  • Exemplo de punição negativa: Nosso cachorro morde nossas mãos quando brincamos com ele e a bola. Por ser uma atitude que não gostamos, vamos encerrar o jogo e deixá-lo brincando sozinho com a bola.

Não se esqueça que o castigo não é recomendável já que pode acontecer que o cão não entenda o que aconteceu. Alguns cães não conseguem relacionar porque lhes foi tirado um brinquedo ou o jogo acabou, não o relacionam com a mordida.

A punição é inadequada para cães que sofrem de estresse, doenças ou vários problemas comportamentais, pois pode piorar e agravar essas situações. O animal que sofre de problemas físicos ou comportamentais deve ser tratado com carinho e respeito, preferencialmente por um profissional, sempre utilizando reforço positivo e ignorando comportamentos que não gostamos. São situações que devemos avaliar antes de começar a trabalhar com o condicionamento operante em cães.

3. Extinção

É a diminuição da frequência de um comportamento aprendido, que ocorre quando o comportamento não é mais reforçado. Ou seja, as consequências que antes reforçavam o comportamento (prêmios, parabéns, etc.) deixam de existir.

  • Exemplo de extinção de comportamento: Imagine que quando o seu cão era um cachorrinho cumprimentava as pessoas saltando sobre elas, porque elas o acariciavam e brincavam com ele. Então você aprendeu que essa é a maneira correta de cumprimentar as pessoas. Um belo dia, as pessoas param de acariciá-lo e brincar com ele quando ele pula. Em vez disso, eles viram as costas para ele e o ignoraram. Eventualmente, seu cachorro para de pular para cumprimentar as pessoas. Isso ocorre porque o comportamento aprendido (pular sobre as pessoas) deixa de ter consequências reforçadoras e, então, ocorre a extinção do comportamento.

É uma boa maneira de lidar com as atitudes que não gostamos em relação ao cão, sem expô-lo a punições ou brigas. Esse processo seria ideal para trabalhar o comportamento inadequado em um cão com problemas comportamentais graves, como estresse ou ansiedade.

4. Controle de estímulo

É o aumento da frequência de um comportamento na presença de um estímulo, mas não na presença de outras pessoas. O controle de estímulos é fácil de observar em cães que têm um treinamento avançado na obediência canina.

  • Exemplo de controle de estímulo: quando o cão é solicitado a se deitar, ele se deita. Não sente, não pule, não gire. Basta jogar. Isso ocorre porque o comando para deitar se tornou o estímulo que controla o comportamento. É claro que o cão também se deita em outras ocasiões que nada têm a ver com o treinamento, como quando está cansado, pois outros estímulos controlam esse comportamento em outras situações.

O treinamento físico é uma excelente maneira de tratar muitos comportamentos e problemas de comportamento em cães. Além disso, reforça o comportamento entre humanos e cães.

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