Coexistência do pitbull com outros cães

O American Pit Bull Terrier, ou simplesmente Pit Bull, é bem conhecido da sociedade. É comum eles associá-lo como um dos cães mais agressivos e promover segurança no manuseio ao adotá-lo. Mas a verdade é que eles não geraram essa polêmica social, mas foram Vítimas de má imprensa por pessoas sem conhecimento que distorceram esta raça especial.

Os donos desta raça costumam vir ao consultório veterinário para adotar um segundo cão e têm dúvidas se o atual guardião de sua casa, quando o novo inquilino entrar pela porta, vai atacá-los e eles terão um grande problema. Muitas vezes nós, veterinários, nos deparamos com essas questões que tentaremos responder da maneira mais simples possível.

Neste artigo Better-Pets.net, falaremos sobre o coexistência do pitbull com outros cães, pontos a serem levados em consideração, a formação consciente e tudo o que possa se apresentar como dúvida no momento da nova incorporação.

Conhecendo as origens do pitbull

Estou convencido de que, se não conhecermos a origem da raça e a razão de seu caráter ou de seu comportamento inato, seremos quase impossível enfrentar as milhares de dúvidas que surgem quando temos uma raça "perigosa" em casa.

O American Pit Bull Terrier é uma raça originária dos Estados Unidos, mas descendente do Bulldog Inglês, conhecido como símbolo da coragem e orgulho americanos desde que ele foi criado para cães lutando contra touros.

É uma raça musculosa, de tamanho médio, com uma mandíbula grande e forte, cuja mordida pode causar muitos danos ao seu oponente. Pela sua agilidade e resistência, é uma raça que era utilizada para rinhas de cães, o que foi proibido há alguns anos, embora, infelizmente, ainda seja realizado de forma clandestina.

Essas características têm sido uma faca de dois gumes para este cão, quando se trata de donos que não sabem treiná-lo adequadamente. Em seus genes ele carrega essas habilidades, mas o treinamento a que irão submeter seu animal está nas mãos de cada dono para poder viver em harmonia em sociedade.

Educação e socialização, chaves para a chegada de um novo cão

Conhecendo as aptidões da raça desde as suas origens, não podemos deixar de lado um treinamento e educação corretos na hora de conviver com um desses belos espécimes. O comportamento do cão dependerá de nós.

Todas as raças possuem certas características em seus genes das quais podemos aproveitar, assim como um cão de caça buscará cheirar durante a caminhada e dependerá do nosso treinamento para aprender a andar corretamente, os fãs de Pitbull valorizam sua força e agilidade, enquanto aqueles que são contra, eles os definem como animais difíceis para um ambiente familiar.

Então, um pit bull pode viver com outros cães?

Se quisermos adotar um segundo cão na família, devemos nos certificar de que nosso pit bull seja devidamente educado e bem socializado, ou seja, é capaz de interagir com outros animais corretamente e obedecer às nossas instruções sempre que necessário. Isso será essencial para sua segurança. Devemos basear tudo isso no reforço positivo, sem punição, mas com firmeza. É importante esclarecer que o pit bull pode conviver com outros cães, pois é tão social quanto qualquer outro canídeo.

Além do exposto, cuidar do seu dia a dia através de jogos, atividades, passeios e muito carinho, será o fator determinante para que nosso pit bull seja feliz e aja de maneira adequada. Um cão que sofre de estresse ou ansiedade não é o melhor candidato ter um parceiro. A prioridade é o estado de saúde do cão que já temos.

Existem muitos mitos em torno da raça pit bull, mas o que temos certeza é que se forem animais treinados para lutar, eles podem se tornar muito agressivos. No entanto, se os colocarmos em um bom treinamento com amor e doçura, mostraremos seu lado mais gentil com os outros animais e conosco. Não temamos esta bela raça, avaliemos os casos individualmente e não julguemos todos os cães da raça como o mesmo indivíduo.

Existe um ditado popular que diz: O perigoso é o dono, não a raça.

Como apresentar o pitbull e seu novo companheiro?

É fundamental lembrar que os cães são animais sociais, portanto, se o seu cão for devidamente educado e socializado, não deve haver nenhum problema de convivência.

No entanto, é essencial lembrar que os cães são animais territoriais e que um local errado de apresentação pode ser o gatilho para uma apresentação ruim. Lembre-se que para dois cães começarem com o pé direito, você deve mantenha as seguintes dicas em mente:

  1. A apresentação acontecerá em um ponto neutro, nunca dentro de casa.
  2. Preste atenção igual a ambos os cães.
  3. Não force a situação, deixe-os interagir apenas se quiserem.
  4. Evite agir contanto que você considere que nenhum dos cães está em risco.
  5. Evite recompensá-los com guloseimas nos primeiros dias para evitar o ciúme.

Uma vez que observamos um reação positiva de ambos, podemos considerar levar o novo cachorro para casa. Claro, antes de chegar em casa devemos preparar e acomodar a área para que nenhum dos dois animais se sinta excluído. O ideal é ter uma ou duas tigelas para água, dois comedouros e duas camas. Vamos esperar entre um e dois dias para oferecer brinquedos e guloseimas e, em hipótese alguma, vamos deixá-los sozinhos com brinquedos, pois isso pode ser motivo de briga.

A partir daí temos que ser firmes na educação de ambos, mas positivos para que também sejam positivos entre eles. Ter dois cachorros é uma experiência maravilhosa que é cheio de dúvidas e alegria, mas que no longo prazo é extremamente positivo.

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