Animais que sobrevivem em condições extremas + EXEMPLOS

No planeta Terra existem seres verdadeiramente extraordinários, capazes de sobreviver a condições extremas onde a maioria dos animais morreria. Este é o caso de Animais extremófilos. Por isso, neste artigo do Better-Pets.net falamos desses animais espetaculares, sem esquecer que os organismos unicelulares, como as bactérias, foram os primeiros a sobreviver às condições extremas de nascimento do planeta.

Descubra abaixo no Better-Pets.net o que animais que sobrevivem em condições extremas, seus nomes, características ou alguns detalhes curiosos que certamente o surpreenderão. Continue lendo!

Bactérias que vivem em condições extremas

As bactérias são o primeiros organismos que povoava o planeta Terra, quando, por exemplo, não havia atmosfera para protegê-los dos raios ultravioleta ou não havia regulação da temperatura da Terra e era extremamente alta. Portanto, muitas espécies estão adaptadas para viver em condições extremas.

Na classificação dos seres vivos em 5 reinos, observamos que as bactérias são organismos procarióticos unicelulares pertencentes ao reino Monera.

Um bom exemplo disso são as bactérias que sobreviver a altas temperaturas. Essas bactérias geralmente apresentam crescimento ideal acima de 45 ºC, mas podem sobreviver em temperaturas maior que 100 ºC. Essas bactérias vivem em gêiseres ou colunas hidrotérmicas no fundo do oceano. Pelo contrário, também existem bactérias psicrofílicas, que preferem temperaturas abaixo de zero, como a bactéria que vive no Ártico.

Por outro lado, também existem bactérias acidofílicas, ou seja, bactérias que vivem em condições de pH muito ácido, perto de zero, como as bactérias que habitam solos e águas vulcânicas ou que vivem nos fluidos gástricos de animais. Claro, também existem aqueles que vivem em pH muito básico, bactérias alcalifílicas, que habitam solos e águas extremamente salinos.

Animais que podem sobreviver a temperaturas extremas

Em muitos lugares do planeta, a temperatura ambiente é extremamente alta, mas alguns animais conseguiram viver sem serem afetados negativamente por isso. Este é o caso de verme pompéia (Alvinella Pompejana), habitante das fontes hidrotermais dos oceanos. Este animal é capaz de sobreviver temperaturas acima de 80 ºC graças à simbiose com bactérias que habitam a sua pele e a protegem.

Outro animal surpreendente é o formiga do deserto do saara (Cataglyphis bicolor) Esta é a única de todas as espécies de formigas que continua a sair da proteção de suas formigas em busca de alimento mesmo em temperaturas externas. exceder 45 ºC. É a única espécie de formiga que apresenta esse comportamento.

É tão difícil sobreviver a altas temperaturas quanto a baixas temperaturas, onde quase todos os animais morrem de frio. Não é o caso do sapo de madeira (Lithobates sylvaticus) Quando chega o inverno frio do Alasca, essas rãs conseguem ficar congeladas em temperaturas abaixo de -18 ºC, voltando à vida meses depois. Eles conseguem isso graças ao acúmulo de glicose em seus tecidos. Essa glicose atua como um crioprotetor, evitando danos aos tecidos devido ao congelamento.

Outro habitante do frio Alasca que pode suportar temperaturas ainda mais baixas do que o sapo da floresta é o besouro de casca vermelha (Cucujus clavipes puniceu) Este animal pode suportar temperaturas de congelamento por abaixo de -58 ºC. Eles fazem isso acumulando proteínas e um álcool que atua como anticongelante, reduzindo também a quantidade de água em seu corpo, tornando essas proteínas ainda mais concentradas. A coisa mais surpreendente sobre este animal é que seu larvas pode sobreviver a temperaturas abaixo -150 ºC sem congelamento, passando por um processo de vitrificação quando as temperaturas caem abaixo de -50 ºC. Isso o torna o animal que mais suporta o frio.

Animais adaptados à umidade

Embora sempre nos concentremos nas temperaturas para procurar animais extraordinários, o umidade extrema é também um problema para o desenvolvimento da vida. Animais que sofrem mudanças repentinas de umidade são chamados eurihygric.

As baratas São animais que amam a umidade, como o calor. Mas, se a umidade relativa do ar cair abaixo de 20%, esses animais podem sobreviver, pois conseguem reduzir a frequência respiratória para evitar o ressecamento do corpo e, por consequência, a desidratação.

Animais que vivem em florestas tropicais estão adaptados a ambientes onde a umidade relativa facilmente ultrapassa 90%. Outros animais, nessas condições, morreriam, em muitos casos, devido à proliferação de fungos.

Vertebrados adaptados a secas extremas

A água é essencial para a vida, mas nem todos os animais precisam ingeri-la diretamente para se hidratar. As ratos canguru (Dipodomys sp.) eles não bebem em toda a sua vida. Isso é conseguido graças a dois mecanismos: primeiro, eles retiram água dos alimentos que comem e, por outro lado, ocorrem reações que liberam água metabólica em seu corpo.

Um caso semelhante é o de camelos (Camelus sp.), também habitantes que sobrevivem em desertos. Os camelos obtêm água da vegetação que ingerem, mas isso não é suficiente. Quando um camelo obtém água nos oásis, eles são capazes de acumule em sua corcunda na forma de gordura. Isso permite que durem mais de um mês sem ingerir líquidos.

Em geral, os habitantes do deserto são altamente adaptados à escassez de água, cada um com mecanismos sofisticados para sobreviver sem esse elemento essencial.

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