REPRODUÇÃO de RÉPTEIS - Tipos e exemplos

Atualmente, a linhagem da qual evoluíram os répteis é composta por um grupo de animais conhecidos como amniotas, que desenvolveram um aspecto fundamental para poderem se diferenciar completamente daquelas espécies que dependiam totalmente da água para sua reprodução.

No Better-Pets.net, queremos apresentar-lhe um artigo sobre o reprodução de répteis, para que você conheça esse processo biológico nesses vertebrados. Continue lendo para aprender mais sobre os aspectos evolutivos e algumas peculiaridades da reprodução de répteis.

Classificação de répteis

Répteis são um grupo sobre o qual é comum encontrar duas formas de classificação:

  • Linneana: no Linnaean, que é a classificação tradicional, considera esses animais dentro do subfilo dos vertebrados e da classe Reptilia.
  • Cladística: Na classificação cladística, mais atual, o termo "réptil" não é utilizado, mas geralmente estabelece que os animais vivos deste grupo são Lepidosauros, Testudines e Arquossauros. O primeiro seria formado por lagartos e cobras, entre outros; o segundo, para as tartarugas; e o terceiro, para crocodilos e pássaros.

Embora o termo "réptil" ainda seja muito utilizado, principalmente pela praticidade, é importante destacar que seu uso foi redefinido, entre outros motivos, porque incluiria aves.

A evolução reprodutiva dos répteis

Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a conquistar uma vida semi-terrestre graças a Desenvolvimento evolutivo de certas características, como:

  • Pernas bem desenvolvidas.
  • Transformação dos sistemas sensorial e respiratório.
  • Adaptações do sistema esquelético, podendo estar em áreas terrestres sem a necessidade de água para respirar ou se alimentar.

No entanto, há um aspecto para o qual os anfíbios ainda são totalmente dependentes da água: seus ovos e, posteriormente, as larvas, requerem um ambiente externo para seu desenvolvimento.

Mas a linhagem que inclui répteis desenvolveu uma estratégia reprodutiva particular: o desenvolvimento de uma casca de ovo, o que permitiu que os primeiros répteis se tornassem totalmente independentes da água para realizar seu processo reprodutivo. Porém, alguns autores acreditam que os répteis não eliminaram sua relação com um ambiente úmido para o desenvolvimento do ovo, mas que essas fases passariam a ocorrer dentro de uma série de membranas que recobrem o embrião e que, além dos nutrientes necessários, Eles também oferecem umidade e proteção.

Características do ovo do réptil

Nesse sentido, o ovo réptil é caracterizado por possuir as seguintes partes:

  • Amnion: eles têm uma membrana chamada âmnio, que cobre uma cavidade cheia de líquido, onde o embrião flutua.
  • Alantoide: depois há o alantóide, um saco membranoso que tem função respiratória e de armazenamento de dejetos.
  • Chorion: então há uma terceira membrana chamada córion, através da qual circulam oxigênio e dióxido de carbono.
  • Concha: e, por fim, a estrutura mais externa, que é a casca, que é porosa e tem função protetora.

Para obter mais informações, encorajamos você a ler este outro artigo sobre as características dos répteis.

Os répteis são ovíparos ou vivíparos?

O mundo animal, além de fascinante, é caracterizado pela diversidade, que não só é apreciada pela existência de tantas espécies, mas, por outro lado, cada grupo possui características e estratégias diferentes que garantem seu sucesso biológico. Nesse sentido, o aspecto reprodutivo dos répteis torna-se bastante variado, não havendo absolutismos estabelecidos nesse processo.

Répteis mostram uma maior diversidade de estratégias do que outros vertebrados, ligados à sua reprodução, tais como:

  • Formas de desenvolvimento embrionário.
  • Retenção da embreagem.
  • Partenogênese.
  • Determinação do sexo, que pode estar ligada a aspectos genéticos ou ambientais em alguns casos.

Em geral, os répteis têm dois padrões reprodutivos, então um grande número de espécies de répteis são ovíparas, ou seja, as fêmeas têm postura de ovos, de modo que o embrião se desenvolverá fora do corpo da mãe; enquanto que ououtro grupo menor, eles são vivíparos, então as fêmeas darão à luz uma prole já desenvolvida.

Mas também foram identificados casos de répteis que alguns cientistas chamam de ovovíparoEmbora também seja considerado por outros como um tipo de viviparismo, que é que o desenvolvimento do embrião ocorre dentro da mãe, mas não depende dela para alimentação, o que é conhecido como nutrição lecitotrófica.

Tipos de reprodução de répteis

Os tipos de reprodução dos animais podem ser considerados de vários pontos de vista. Nesse sentido, agora vamos conhecer como os répteis se reproduzem.

Répteis têm um reprodução sexual, então o macho da espécie fertiliza a fêmea, de modo que o desenvolvimento embrionário ocorre mais tarde. Porém, há casos em que as fêmeas não precisam ser fecundadas para realizar o desenvolvimento de um embrião, isso é conhecido como partenogênese, evento que dará origem a uma prole geneticamente exata para a mãe. O último caso pode ser apreciado em algumas espécies de lagartixas, como o lagarto espinhoso (Heteronotia binoei) e em uma espécie de lagarto monitor, o peculiar dragão de Komodo (Varanus komodoensis).

Outra forma de considerar os tipos de reprodução dos répteis é se a fertilização é interna ou externa. No caso de répteis, sempre há fertilização interna. Os machos possuem um órgão reprodutor conhecido como hemipeno, que geralmente varia de uma espécie para outra, mas que se encontra dentro do animal e, como no caso dos mamíferos, surge ou fica ereto no momento da cópula, desta forma, o macho o introduz na fêmea para fertilizá-la.

Exemplos de répteis e sua reprodução

Vejamos agora alguns exemplos dos diferentes tipos de reprodução de répteis:

  • Répteis ovíparos: algumas cobras, como pítons, lagartos, como o dragão de Komodo, tartarugas e crocodilos.
  • Répteis ovovíparos: um tipo de camaleão, como a espécie Trioceros jacksonii, as cobras do gênero Crotalus, conhecidas como cascavel, víbora de aspira (Vipera aspis) e um lagarto sem pernas conhecido como lución (Anguis fragilis).
  • Répteis vivíparos: algumas cobras, como jibóias e certos lagartos, como a espécie Chalcides striatus, comumente conhecido como lagarto tridáctilo ibérico e lagartos do gênero Mabuya.

A reprodução de répteis é uma área fascinante, dadas as variantes existentes no grupo, que não se restringem aos tipos reprodutivos mencionados acima, mas existem. outras variações, como é o caso de espécies que, dependendo da área onde estão localizadas, podem ser ovíparas ou vivíparas. Um exemplo disso temos no lagarto de turfeiras (Zootoca vivípara), que se reproduzem ovíparamente nas populações ibéricas localizadas no extremo oeste, enquanto as existentes na França, Ilhas Britânicas, Escandinávia, Rússia e parte da Ásia o fazem vivíparamente. O mesmo vale para duas espécies de lagartos australianos, Lerista buganvílias Y Saiphos equallis, mostrando diferentes modos reprodutivos dependendo da localização.

Os répteis, como os demais animais, nunca deixam de nos surpreender com suas inúmeras formas adaptativas que buscam dar continuidade às espécies que compõem este grupo de vertebrados.

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Bibliografia
  • Hickman, C., Roberts, L., Parson A. (2000). Princípios abrangentes de zoologia. McGraw Hill Interamericana: Espanha.
  • Galán, P. (2009). Ecologia de reprodução de sáurios ibéricos. Disponível: http://www.herpetologica.org/BAHE/BAHE20_003_Invitado.pdf

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