As raças de cães do Brasil - Conheça todas!

Entre os países da América do Sul, Brasil destaca-se não só pelas suas dimensões continentais e pela sua cultura multifacetada, mas também pela sua enorme diversidade naturaleu. De Norte a Sul do território brasileiro, encontramos diversos ecossistemas que compõem uma biodiversidade privilegiada.

Embora este país tropical esteja geralmente associado a espécies mais exóticas, como as encontradas na floresta amazônica, algumas raças de cães muito representativas da história e da cultura brasileira também se originaram em seu solo. Neste artigo Better-Pets.net, convidamos você a aprender sobre o Raças de cães brasileiras e descobrir algumas curiosidades sobre sua aparência e comportamento.

Linha brasileira: a primeira ”entre as raças de cães brasileiras

O Linha brasileira é um cão de grande porte e massa muscular privilegiada, que exibe um aparência poderosa e imponente. Seu corpo tem um perfil retangular e ligeiramente inclinado, já que a traseira é um pouco mais alta que a frontal. Sua pele é grossa e frouxa ao corpo, proporcionando alguns queixos duplos a esta raça genuinamente brasileira.

Além de sua textura corporal marcante, uma característica muito peculiar da linha é sua maneira de se mover. É um dos poucos cães que, ao caminhar, move simultaneamente as patas dianteiras e traseiras do mesmo lado. Esta maneira muito particular de caminhar é popularmente conhecida como "passeio de camelo", por sua clara semelhança com os movimentos desse animal.

A linha brasileira possui um personalidade forte e seu temperamento é um tanto complexo. No núcleo familiar, as fileiras são muito afetuosas e dedicadas aos entes queridos, demonstrando também uma notável paciência para conviver com os filhos. No entanto, eles geralmente são reservados e podem ser rudes ou desconfiados na frente de pessoas e animais desconhecidos. Por este motivo, esta raça necessita de tutores experientes e pacientes que tenham dedicação e habilidade para educá-los positivamente. Além disso, uma linha deve ser socializada desde cedo para aprender a interagir com as pessoas, com outros animais e com seus próprios brinquedos.

Em relação à sua história, sabemos que a linha brasileira resulta de cruzamentos entre cães nativos do brasil e algumas raças que foram introduzidas pelos colonizadores portugueses, como os Buldogue, a Mastiff e ele Bloodhound. Atualmente, ainda existem algumas divergências sobre como esses cruzamentos surgiram. Alguns historiadores dizem que aconteceram naturalmente, enquanto outros afirmam que foram feitos intencionalmente para criar uma raça muito forte e resistente, com habilidades notáveis ​​de caça e guarda.

Primeiro, a raça foi usada como um trabalhador rural "multifuncional": protegia as terras dos colonos, pastoreava os rebanhos e perseguia os escravos que tentavam fugir (a escravidão era legal no Brasil até 1888). Na mesma época, as fileiras também eram usadas para caçar animais de grande porte (principalmente pumas e outros gatos). Estes cães peludos foram posteriormente treinados como cães policiais e também ganharam seu lugar entre os melhores cães de guarda, sendo adotado como o animal de estimação preferido e protetor de muitas famílias.

Em 1940, a linha brasileira foi reconhecida pelo AKC (American Kennel Club), tornando-se a primeira raça de cães do Brasil a ser oficialmente registrada por sociedades caninas internacionais.

Terrier Brasileiro: o popular Fox Paulistinha

O terrier brasileiro, mais conhecida como raposa paulistinha em seu país de origem, "compete" igualmente com a linha quando o critério é a raça brasileira mais popular do mundo. Mas diferente de seu companheiro "grandalhão", a raposa Paulistinha é um cachorro de tamanho pequeno a médio, cujo tamanho exato é determinado por sua herança genética. Seu corpo tem perfil quadrado e exibe linhas suaves, que conferem um aspecto muito elegante a esse charmoso representante da família. Terrier.

Uma das características físicas mais marcantes desta raça são os pêlos curtos e lisos, tão próximos uns dos outros e presos ao corpo do cão que a pele deles não aparece. Este tipo de pelo muito denso e atraente é chamado de "pele de rato".

O terrier brasileiro é um cachorro hiperativo, inteligente e curioso, com um temperamento muito alegre e perspicaz. Quando recebem uma boa educação, esses furries podem facilmente aprender uma série de tarefas, truques e esportes caninos. Apesar de muito carinhoso e leal aos parentes, a raposa Paulistinha é um cão independente, que apresenta personalidade forte e pode se tornar teimoso e territorial quando seus responsáveis ​​não têm a experiência adequada para treiná-la e socializá-la desde filhote.

Especialistas contam que a raposa Paulistinha nasceu de cruzamentos entre cães nativos do brasil com cópias de Fox terrier Y jack russel terrier que teria atingido a costa brasileira em embarcações portuguesas e holandesas. Diz-se que os colonizadores costumavam viajar com cães pequenos terrier para evitar a proliferação de ratos em seus navios. No entanto, estima-se que a aparência e o comportamento do atual terrier brasileiro podem ter sido influenciados por alguns cruzamentos posteriores com pinschers Y chihuahuas.

Antes de ser adotada como animal de estimação de muitas famílias, a raposa Paulistinha era utilizada para funções de. Caçando (principalmente pequenos roedores) e guarda.

Buldogue campeiro

Esta raça nasceu durante o século 19 na região sul do Brasil, a partir de cruzamentos entre os Bulldog inglês e ele bull terrier. Como se pode presumir, é um cão de porte médio, com músculos privilegiados e grande vocação para o trabalho. Apesar de não ter “cruzado fronteiras”, o Buldogue campeiro (também conhecido como Bordoga) foi muito popular no Brasil até os anos 70.

Em princípio, esses cães estavam acostumados a monitorar e controlar gado na região Sul do Brasil, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Pela sua força, resistência, velocidade e predisposição para o trabalho, foram levados para a região centro do país, onde eram empregados por porcos de abate e outros animais criados para consumo humano.

Quando as medidas sanitárias nos frigoríficos foram regulamentadas e aplicadas, nos anos 70, o Buldogue Caipira está quase extinto no Brasil. Porém, alguns criadores têm se dedicado a "resgatar" a raça, gerando novas linhagens "puras" e criando um padrão estético mais bem definido para alcançar o reconhecimento oficial.

Em 2001, a Confederação Brasileira de Cinologia reconheceu oficialmente o Bulldog Campeiro. No entanto, os fãs desta raça genuinamente brasileira continuam a se dedicar à obtenção do reconhecimento internacional da FCI (Federation Cynologique Internationale).

Rastreador brasileiro

Enquanto o fila foi o primeiro cão brasileiro a ser reconhecido por uma sociedade canina internacional, o rastreador brasileiro foi a primeira raça de cães do Brasil a ser oficialmente registrada pela FCI, em 1967. Infelizmente, o rastreador brasileiro foi declarado extinto alguns anos depois, em 1973, tanto pela FCI quanto pelo CBKC. O aumento do uso de agrotóxicos nas plantações rurais, aliado à disseminação de algumas doenças, erradicou praticamente toda a população de rastreadores brasileiros na década de 1970.

O rastreador brasileiro, também conhecido como urrador americano, era um cão de caça da scenthound. Era um cão de tamanho médio, cuja altura na cernelha variava entre 62cm e 67cm, com um temperamento enérgico e sociável, mas que ele poderia se tornar um tanto "teimoso" quando não recebesse uma educação adequada de seus tutores. Atualmente, alguns criadores brasileiros estão tentando "recriar" a raça original, mas ainda não tiveram um sucesso significativo.

Buldogue serrano

A história de serrano bulldog mistura-se e confunde-se, muitas vezes, com a do buldogue Campeiro. A Confederação Brasileira de Cinofilia afirma que, na realidade, as duas raças sempre existiram, mas suas semelhanças físicas e o fato de compartilharem alguns ancestrais geraram certas confusões.

Os primeiros buldogues da montanha teriam surgido de cruzamentos entre os cães nativos do sul do Brasil com alguns exemplares de Bulldog inglês e de velho bulldog inglês (o antigo deus-boi inglês, hoje extinto), que acompanhou os primeiros imigrantes europeus que se estabeleceram na região Sul do Brasil. No entanto, estima-se que a aparência e o comportamento do bulldog das montanhas atuais também foram determinados por alguns cruzamentos com o Alano espanhol e com ele "terceira fila"(raça de origem portuguesa que também tem sido ingerida).

Historicamente, o bulldog Serrano costumava proteger campos produtivos do sul do Brasil e gado de pastoreio. Atualmente, a raça é reconhecida pela Confederação Brasileira de Cinologia, mas não por sociedades caninas internacionais.

Dogue Brasileiro ou Dogo de Brasil

O Dogue Brasileiro (ou Doge do Brasil) se origina de um cruzamento feito entre um Bull terrier macho e uma boxeadora. A sua criação é atribuída a Pedro Pessoa Ribeiro Danta, conceituado criador brasileiro da raça bull terrier entre os anos 60 e 80. No entanto, a história popular conta que, na realidade, foi um vizinho de Danta que lhe pediu para cruzar com um dos seus touros terrier machos com uma boxeadora vizinha. Foi assim que, em 1978, nasceram os primeiros exemplares de Dogue Brasileiro, a primeira raça de cães do Brasil criada em ambiente urbano.

Por curiosidade, Danta manteve um dos filhotes nascidos desta cruz. Percebendo que o garotinho estava crescendo muito saudável, ele ganhou um corpo forte, ágil e elegante ao mesmo tempo, além de obediente e predisposto a treinar, Danta resolveu dar continuidade a essa nova raça brasileira. Inicialmente, o criador batizou a raça com o nome "Bull boxer", em homenagem aos pais.

Durante o século 20, o Doge do Brasil já foi reconhecido pela Confederação Brasileira da Cinofilia (CBKC). Atualmente, a raça está cada vez mais perto de ser reconhecida pela FCI, restando apenas verificar a existência de 8 linhagens homogêneas que não compartilham pais, avós ou bisavós e que foram originadas de, no mínimo, 2 machos e 6 mulheres.

Ovelheiro Gaúcho (o cão pastor gaúcho do Brasil)

O cão pastor gaúcho É mais uma raça de cão do Brasil que foi registrada pela Confederação Brasileira da Cinofilia, mas continua aguardando o reconhecimento das sociedades caninas internacionais. É um cão de tamanho médio, com grande inteligência, notável agilidade e um temperamento ativo, alerta e muito leal. À primeira vista, podemos reconhecer suas semelhanças com os cães border collie, mas ainda não se sabe quantas raças intervieram pelo nascimento do cão pastor gaúcho. Como todos os cães pastores, esta raça tem sido usada principalmente para rebanho de gado e proteger as terras de seus guardiões.

O verdeiro pampeano

As estufas pampeanas são cães de tamanho médio, corpo retangular e aparência rústica. Como bom cão de caça, o Verdeiro tem os sentidos muito apurados e está sempre atento aos estímulos do seu ambiente. Seu temperamento é equilibrado e obediente, o que facilita seu treinamento. No núcleo familiar, os verdeiros são extremamente leais aos tutores e muito pacientes com as crianças. No entanto, eles podem ser desconfiados ou grosseiros na presença de estranhos. Portanto, é uma raça que requer atenção especial ao seu socialização precoce.

Segundo a Confederação Brasileira da Cinofilia, os vedeiros já estavam presentes na região Sul do Brasil desde o século 19, mas a raça ainda não era reconhecida pela FCI.

Raças de cães brasileiras não reconhecidas

Além dos cães já citados, o Brasil possui outras raças que ainda não foram reconhecidas pela Confederação Brasileira de Cinofilia ou por sociedades caninas internacionais. Além de não terem reconhecimento oficial, esses cães acompanham o povo brasileiro há séculos e são considerados patrimônio histórico-cultural de algumas regiões do Brasil.

Portanto, não queremos deixar de mencionar as seguintes raças:

  • "Boca-Preta Sertanejo" ou "Cão-sertanejo"
  • Grifo barbudo
  • Pastor da mantiqueira

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